Por influência da mitologia grega, tanto que Atena,
deusa da guerra e da sabedoria, tinha uma coruja como mascote. Os gregos
consideravam a noite como o momento do pensamento filosófico e da revelação
intelectual e a coruja, por ser uma ave noturna, acabou representando essa
busca pelo saber. Há ainda uma outra explicação para tal relação, da qual,
certamente, o animal não se orgulharia tanto. Com seus olhos grandes e
desproporcionais, a coruja se tornou também símbolo da feiúra. Numa língua
nórdica antiga, ela era chamada de ugla, palavra que imitava o som emitido pela
ave e que daria origem ao termo ugly, "feio" em inglês. "Assim,
a coruja segue o estereótipo do sábio, que geralmente é tido como alguém mais
preocupado com as divagações interiores que com a aparência externa", diz
o helenista (estudioso da civilização grega) Antônio Medina Rodrigues, da
Universidade de São Paulo (USP). Mas não foi em todas as culturas que o animal
se transformou em símbolo de inteligência.
No Império Romano, por exemplo, a ave era
considerada agourenta e seu canto anunciaria a proximidade da morte. Além
disso, outros animais também foram usados em civilizações diferentes para
representar a sabedoria, como a tartaruga para os chineses e o salmão para os
celtas.
____________
do na sexta-feira, 11 de dezembro de 2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário